quarta-feira, 4 de maio de 2011

quinta-feira, 5 de março de 2009

Sudão expulsa agências humanitárias e desafia corte de Haia
Reuters
Por Andrew Heavens
CARTUM (Reuters) - O presidente do Sudão disse na quinta-feira a milhares de simpatizantes que o mandado internacional de prisão contra ele é um complô colonialista, e anunciou a expulsão de dez agências humanitárias estrangeiras.
O mandado de prisão contra o presidente Omar Hassan Al Bashir foi emitido na quarta-feira pelo Tribunal Penal Internacional, por causa de atrocidades ocorridas na região de Darfur. Foi a primeira vez que o tribunal, com sede em Haia, usou esse recurso contra um governante em exercício.
Bashir respondeu de maneira desafiadora, acusando as agências humanitárias de violarem a lei e dizendo que o governo enfrentará qualquer manobra desestabilizadora.
"Vamos lidar com responsabilidade e decisão com quem tentar atingir a estabilidade e a segurança do país", disse Bashir numa reunião com políticos na quinta-feira.
"Já expulsamos dez organizações estrangeiras (...) depois de monitorar atividades que agem em contradição com todos os regulamentos e leis", acrescentou.
Mais tarde, ele discursou a milhares de manifestantes, alguns deles com cartazes chamando de criminoso o promotor do tribunal.
Bashir disse que o TPI é uma ferramenta a serviço de colonialistas interessados em recursos naturais do Sudão, especialmente petróleo e gás.
"Nós nos recusamos a nos curvar perante o colonialismo, por isso o Sudão tem sido alvejado (...), porque só nos curvamos diante de Deus", disse ele à multidão diante do Palácio Republicano. Gritos de "Estamos prontos para proteger a religião" e "Abaixo os EUA" interromperam seu discurso.
A China pediu na quinta-feira ao Conselho de Segurança da ONU que atenda aos apelos de países africanos e árabes e suspenda o processo contra Bashir. Os EUA, porém, elogiaram o mandado de prisão.
O tribunal indiciou Bashir por sete acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade, o que inclui homicídios, estupros e torturas. As três juízas responsáveis pelo caso consideraram que não havia base para acusações de genocídio.
Bashir é acusado de ter armado milícias árabes que reprimiram com violência uma rebelião contra o governo iniciada em 2003 em Darfur. Especialistas internacionais dizem que o conflito já matou 200 mil pessoas, enquanto o governo diz que foram 10 mil. Outros 2,7 milhões teriam fugido.
A ONU e outras agências humanitárias realizam em Darfur a maior operação humanitária da atualidade no mundo, que no entanto pode ser afetada pela expulsão das ONGs. O Sudão revogou as licenças de operações de várias entidades estrangeiras horas depois da decretação do mandado de prisão contra o presidente.
(Reportagem adicional de Alaa Shahine, no Cairo)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

[editar] Etimologia

Pormenor de uma Bíblia do século XV
A palavra portuguesa religião deriva da palavra latina religio, mas desconhece-se ao certo que relações estabelece religio com outros vocábulos. Aparentemente no mundo latino anterior ao nascimento do cristianismo, religio referia-se a um estilo de comportamento marcado pela rigidez e pela precisão.
A palavra "religião" foi usada durante séculos no contexto cultural da Europa, marcado pela presença do cristianismo que se apropriou do termo latino religio. Em outras civilizações não existe uma palavra equivalente. O hinduísmo antigo utilizava a palavra rita que apontava para a ordem cósmica do mundo, com a qual todos os seres deveriam estar harmonizados e que também se referia à correcta execução dos ritos pelos brâmanes. Mais tarde, o termo foi substituído por dharma, termo que atualmente é também usado pelo budismo e que exprime a idéia de uma lei divina e eterna.
Historicamente foram propostas várias etimologias para a origem de religio. Cícero, na sua obra De natura deorum, (45 a.C.) afirma que o termo se refere a relegere, reler, sendo característico das pessoas religiosas prestarem muita atenção a tudo o que se relacionava com os deuses, relendo as escrituras. Esta proposta etimológica sublinha o carácter repetitivo do fenómeno religioso, bem como o aspecto intelectual. Mais tarde, Lactâncio (século III e IV d.C.) rejeita a interpretação de Cícero e afirma que o termo vem de religare, religar, argumentando que a religião é um laço de piedade que serve para religar os seres humanos a Deus.
No livro "A Cidade de Deus" Agostinho de Hipona (século IV d.C.) afirma que religio deriva de religere, "reeleger". Através da religião a humanidade reelegia de novo a Deus, do qual se tinha separado. Mais tarde, na obra De vera religione Agostinho retoma a interpretação de Lactâncio, que via em religio uma relação com "religar".
Macróbio (século V d.C.) considera que religio deriva de relinquere, algo que nos foi deixado pelos antepassados.
Independente da origem, o termo é adotado para designar qualquer conjunto de crenças e valores que compõem a de determinada pessoa ou conjunto de pessoas. Cada religião inspira certas normas e motiva certas práticas.
[editar] Etimologia

Pormenor de uma Bíblia do século XV
A palavra portuguesa religião deriva da palavra latina religio, mas desconhece-se ao certo que relações estabelece religio com outros vocábulos. Aparentemente no mundo latino anterior ao nascimento do cristianismo, religio referia-se a um estilo de comportamento marcado pela rigidez e pela precisão.
A palavra "religião" foi usada durante séculos no contexto cultural da Europa, marcado pela presença do cristianismo que se apropriou do termo latino religio. Em outras civilizações não existe uma palavra equivalente. O hinduísmo antigo utilizava a palavra rita que apontava para a ordem cósmica do mundo, com a qual todos os seres deveriam estar harmonizados e que também se referia à correcta execução dos ritos pelos brâmanes. Mais tarde, o termo foi substituído por dharma, termo que atualmente é também usado pelo budismo e que exprime a idéia de uma lei divina e eterna.
Historicamente foram propostas várias etimologias para a origem de religio. Cícero, na sua obra De natura deorum, (45 a.C.) afirma que o termo se refere a relegere, reler, sendo característico das pessoas religiosas prestarem muita atenção a tudo o que se relacionava com os deuses, relendo as escrituras. Esta proposta etimológica sublinha o carácter repetitivo do fenómeno religioso, bem como o aspecto intelectual. Mais tarde, Lactâncio (século III e IV d.C.) rejeita a interpretação de Cícero e afirma que o termo vem de religare, religar, argumentando que a religião é um laço de piedade que serve para religar os seres humanos a Deus.
No livro "A Cidade de Deus" Agostinho de Hipona (século IV d.C.) afirma que religio deriva de religere, "reeleger". Através da religião a humanidade reelegia de novo a Deus, do qual se tinha separado. Mais tarde, na obra De vera religione Agostinho retoma a interpretação de Lactâncio, que via em religio uma relação com "religar".
Macróbio (século V d.C.) considera que religio deriva de relinquere, algo que nos foi deixado pelos antepassados.
Independente da origem, o termo é adotado para designar qualquer conjunto de crenças e valores que compõem a de determinada pessoa ou conjunto de pessoas. Cada religião inspira certas normas e motiva certas práticas.
Geografia da riqueza, fome e meio ambiente: pequena contribuição crítica ao atual modelo agrário/agrícola de uso dos recursos naturais
Carlos Walter Porto Gonçalves
Resumo
O texto discute a questão geopolítica implicada no debate sobre a fome e o meio ambiente. Critica o atual modelo agrário/agrícola de uso dos recursos naturais, afirma ser este um modelo de desenvolvimento econômico das regiões temperadas que tem sido imposto com um alto custo ecológico, cultural e político para o mundo todo. Este modelo tem se colocado em confronto com o conhecimento patrimonial, coletivo e comunitário característico de populações com racionalidades distintas da racionalidade atomísticoindividualista ocidental com graves riscos à segurança alimentar. Analisa as conseqüências socioambientais do atual modelo agrário/agrícola e os resultados contraditórios do aumento da capacidade mundial de produção de alimentos e o aumento da fome no mundo. Os significados da Revolução Verde a partir dos anos 70; Os impactos socioambientais do agronegócio nos cerrados brasileiros; A complexidade do uso dos produtos transgênicos. Critica a sustentabilidade ecológica restrita, baseada num realismo político e propõe uma reflexão sobre uma nova racionalidade para o desafio ambiental. Conclui que a fome não é um problema técnico, pois esta não se deve à falta de alimentos mas ao modo como os alimentos são produzidos e distribuidos. A fome convive hoje com as condições materiais para resolvê-la.Texto Completo: PDF

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008